Tecnologias Educacionais

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quarta-feira, 16 de março de 2016

3 Pontos importantes para saber e não esquecer sobre o NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Nós temos acompanhado mudanças na língua, desde 2009, com diversas alterações na língua para tentar unificar a linguagem/leia-se idioma em todos os países falantes desse idioma: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
Lembro que meu pai, que morreu aos 89 anos em 2914, só escrevia farmácia com ph: pharmacia, que era a ortografia de seu tempo de menino e foi alfabetizado assim. Nos livros de Machado de Assis, encontramos o vocábulo "formidável" com sentido de nojento e horroroso e em nossos dias significa "maravilhoso", "esplêndido". 
Tantas mudanças, ao longo das décadas, fez aparecer bastante gente frustrada por não conhecer todas as novas regras de ortografia .


Aqui selecionamos três para explicar melhor e acabar de uma vez por todas com as dúvidas deixadas por essas mudanças da nova ortografia.
FONTE: http://canaldoensino.com.br/blog/3-pontos-importantes-da-nova-ortografia
Histórico
A ideia de fazer essas mudanças para fortalecer o idioma é antiga. Em 1931, Brasil e Portugal tentaram realizar um acordo, mas acabou ficando no papel, sem se tornar algo efetivo. Poucos anos depois, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira foi implementada em Portugal, mas não em nosso país.
Somente em 1990, a Academia de Ciências de Lisboa, juntamente a Academia Brasileira de Letras firmaram um compromisso: unificar as regras e a grafia em todos os países que se utilizam da língua portuguesa. Porém, somente em 2006 conseguiram as adesões que permitiam colocar o plano em prática. Em maio de 2008, foi legitimado por Portugal, a uniformização do idioma.
Com as novas regras, apenas 0,45% das palavras tiveram sua grafia alterada.
Palavras Homônimas
Antes da mudança, um acento diferenciava palavras homônimas, como pára/para; pêra/pera; pêlo/pelo. Agora, todas as palavras perdem o acento, ficando para, pera e pelo.
Antes
Exemplo: João tem como sua fruta preferida a pêra.
Agora
Exemplo: João tem como sua fruta preferida a pera.
Há algumas exceções, como o verbo poder, que continua com o acento circunflexo no pretérito (pôde) e o verbo pôr, para não ser confundido com por.
Já nas palavras forma/fôrma, o uso do acento para diferenciação é facultativo.
Hífen
O hífen é uma das maiores mudanças dessas novas regras, pois eles não serão mais utilizados nos prefixos que terminam em vogais, precedidas pelas letras “r” ou “s”. A partir de agora, essas letras deverão ser duplicadas.
Antes
Exemplo: ante-sala, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-rival, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, supra-renal.
Agora
Exemplo: antessala, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirrival, autorregulamentação, autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento, infrassom, ultrassonografia, semirreal, suprarrenal.
Outra modificação do hífen é que ele passa a ser utilizado quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra também se iniciar com a mesma vogal. O hífen passa a separar essa dobradinha.
Antes
Exemplo: antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus.
Agora
Exemplo: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus.
Já no caso de o prefixo terminar com uma vogal diferente da segunda palavra, o hífen não será mais utilizado.
Antes
Exemplo: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, co-autor, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático
Agora
Exemplo: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático.
Nestes casos, a exceção fica com a letra “h”. Quando a segunda palavra for iniciada por esta letra, o hífen continua, como por exemplo, anti-herói e anti-higiênico.
Alfabeto
É importante salientar que agora com a nova ortografia, nosso alfabeto consiste em 26 letras, pois “k”, “w” e “y” foram oficialmente incorporadas.

Por que foi feito o novo acordo ortográfico 

Essa padronização da língua portuguesa se deu para facilitar o intercâmbio cultural entre os países. A partir de agora os livros serão publicados conforme o novo acordo ortográfico. Segundo dados do Ministério da Educação, 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa foram alterados no Brasil e em Portugal 1,3%.

E-book sobre novo acordo ortográfico 

O e-Book gratuito que disponibilizamos aqui foi feito pela empresa Priberam, que produz ferramentas linguísticas para o português do Brasil e de Portugal, como corretores ortográficos e e dicionários de português.
Este verdadeiro guia é bem fácil de usar. Ele apresenta os temas de forma simples e objetiva, com explicações sucintas, exemplos práticos, desenhos e curiosidades que ajudam a entender o por que de algumas mudanças.

Os temas da língua portuguesa foram divididos assim:

  • Introdução
  • Ortografia
  • Alfabeto: inclusão de k, w, y
  • Acentuação: ditongos, vogais tônicas, acento em forma (ô), terminações verbais, etc
  • Trema
  • Hífen
  • Locuções sem hífen
  • Supressão do hífen em alguns compostos
  • Prefixos e elementos prefixais com novas regras
  • Divisão silábica
  • Perguntas frequentes
  • Em caso de dúvidas
  • Glossário.
Clique em e-Book gratuito sobre o novo acordo ortográfico e tenha acesso a esse material útil para todos.

15 comentários:

  1. Postagem esclarecedora. Muito bom conhecer e refletir sobre a história de nossa língua, bem como, escrever conforme o Acordo Ortográfico vigente, quando muitas vezes, temos que romper com aprendizagens já cristalizadas e reconstruir o conhecimento.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Eu gostaria de fazer uma reflexão sobre este posicionamento adotado pelo autor do artigo:"Essa padronização da língua portuguesa se deu para facilitar o intercâmbio cultural entre os países". Penso que nem de longe esta foi a ideia. Apesar de todas as convenções estabelecidas pelo acordo, eu vejo como um caráter econômico não cultural. Não é uma acordo que facilita o intercâmbio cultural. Por trás de todas essas mudanças, sempre houve os interesses dos poderes políticos e alianças governamentais que se estabelecem entre as nações. Afinal, somos ou não independentes. Não necessitamos destas convenções. Afinal, Brasil é Brasil. Portugal é Portugal e cada um tem sua língua. Sou a favor de uma língua brasileira, dicionário brasileiro. Somos o que é nossa língua. Precisamos cortar de uma vez por toda o cordão umbilical que nos liga a Portugal. Que nem do mais alto de sua significância, poderíamos chamar de pai.

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  5. Realmente este acordo não facilitou em nada o intercâmbio cultural entre os países. Porém, causou uma grande "comoção" entre os alunos que passaram a discutir as mudanças.

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  6. Realmente este acordo não facilitou em nada o intercâmbio cultural entre os países. Porém, causou uma grande "comoção" entre os alunos que passaram a discutir as mudanças.

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  7. Sobre o acordo ortográfico, penso que sua intenção é das mais louváveis, pois nada mais justo que países que compartilham a mesma língua, tenham uma escrita padronizada. Porém, penso que alguns detalhes precisavam de uma maior análise. Na minha opinião, eu não gostei da mudança que houve em relação ao uso do acento diferencial. Acho que a palavra "para", por exemplo, que pode significar o verbo parar, e ainda representar a preposição para, pode causar dúvidas, em construções como "Juliana para para falar com seus alunos". Veja que visualmente a construção fica bem estranha.

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    1. Concordo com você Denize. Algumas mudanças vieram para complicar o entendimento e a escrita. Devemos deixar nossos alunos conscientes do porquê das novas regras e incentiva-los a conhece-las principalmente através da leitura.

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  8. Seja qual foi a intenção de padronizar a língua portuguesa em todos os países falantes desta língua, o que podemos observar, na prática, é que no Brasil este acordo ainda causa muita dúvida na maioria das pessoas. Principalmente naquelas que não estão frequentando a escola e que não têm o hábito de leitura.

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  9. Não acho que o Novo Acordo Ortográfico seja um problema. O que eu acho que sempre foi complexo são as regras de: hífen, locuções sem hífen, supressão do hífen em alguns compostos, prefixos e elementos prefixais com as velhas e as novas regras. Mesmo antes do acordo, eram poucas pessoas que tinham o domínio e agora continuam a mesma situação.

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  10. Primeiramente, sempre bom lembrar que esse acordo é meramente ortográfico, portanto, restringe-se a língua escrita, não afetando em nada língua falada. Outo ponto interessante a ressaltar é que ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial. Acho uma incoerência afirmar que foi criado para unificar a língua, mas não superas todas as diferenças. Acredito que esse acordo não seja de muita importância, pois a meu ver muito dinheiro sairá pelo ralo na atualização de livros.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. O Acordo Ortográfica já está valendo e todo cuidado é pouco. Precisamos atentar no momento da escrita e na orientação aos nossos alunos. Cilene Gaspar

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  13. A Língua Portuguesa é viva e por isso está em constante transformação, precisamos está atualizados para manuseá-la em qualquer situação de uso.

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  14. A Língua Portuguesa é viva e por isso está em constante transformação, precisamos está atualizados para manuseá-la em qualquer situação de uso.

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